A Fogueira

Estava uma noite calma, ao menos que a festa que faziam fosse sinal de calmaria. Os filhos de Apolo tocavam liras e outros instrumentos, emitindo uma melodia doce e calma. Os filhos de Ares, brigavam entre si e com os filhos de Atena, como era de costume. E as filhas de Afrodite, bem, elas estavam cuidando da aparência. Todos os campistas estavam juntos comemorando e festejando, menos eu. Não que eu fosse antissocial, mas por escolha própria eu fazia um certo isolamento dos outros, me julgavam diferente, e até mesmo louca por dedicar grande parte de minha vida com estudo de magia, achava mais interessante do que ficar com pessoas que só se importavam com si mesmas. Decidi dar um basta nisso e fui até a fogueira, juntei as mãos perto do peito e fechei os olhos deixando os cabelos caírem pelo rosto e comecei a orar:

Hécate, bom, nao sei o que dizer muito aqui, mas lá vai.
Eu passei por muitos momentos na minha vida, bons e ruins. Mas descobrir que sou sua filha e melhor ainda, principalmente depois de eu descobrir que eu tenho um grande interesse por magia, o que me deixou mais impressionada.
A cada dia que passou, sofri muitos perigos, mas eu superei eles quando eu sentia que a senhora estava comigo, através da mágica, minha casa onde vivia com meu pai tinha um local secreto com vários itens para fazer magias, como livros e ingredientes, e eu passava todos os meus melhores momentos lá e eu me sentia segura.
Meu pai me levou para lá com 5 anos, era incrível isso, mas quando me sentia triste e frustrada, eu corria para lá e ficava ao redor dos materiais, e todos as minhas tristezas e frustrações iam embora.
Me veja, me sinta, me reconheça como sua filha Hécate, amo magia como a senhora ama seus filhos e filhas, e eu provarei que eu nao menti em dizer que ser sua filha foi uma grande vitoria pra mim.

Abri os olhos e olhei para os céus, os meus olhos de cor roxa escorria algumas lágrimas, e sussurrei:
"Me mande qualquer sinal, e ficarei muito grata.

Reclamada Filha de
Hécate
Deusa da Magia

Me aproximo da fogueira lentamente, quando de repente me lembro de tudo o que havia passado antes de chegar ao acampamento, dos monstros , da minha família que abandonei, de meus amigos.
Fecho os olhos e digo:
Meu pai Apolo.O deus do sol, venho aqui pedir que me reclame como seu filho hoje percebo isso. Todas as coisas estranhas que aconteceram comigo durante minha infância, principalmente quando minha mãe sofreu um acidente de carro. Não sei como mas, realizei os primeiros socorros enquanto, o atendimento médico não havia chegado. Se hoje tenho minha mãe viva é graças a ti e ao teu conhecimento em medicina meu senhor.

Obrigado, aguardo sua resposta.

Reclamado Filho de
Apolo
Deus do Sol, da Música, da Poesia e das Profecias

Me aproximo da fogueira, com uma mistura estranha de ansiedade e medo. Ainda tentava assimilar tudo aquilo que havia acontecido comigo até chegar ao acampamento.
Fecho os olhos e digo em pensamento: Senhor Herácles, supremo deus da força venho te pedir que me reclame como seu filho. Percebi isso após a luta contra um Minotauro que invadiu minha casa e atacava minha mãe. Senti uma raiva tão grande, que parti para cima do monstro e não sei como mas com uma força extraordinária soquei o monstro.
Meu senhor te peço que me reclame, farei o nome Herácles teu nome ser ovacionado.

Reclamado Filho de
Héracles
Deus da Força

Todo que seus olhos cor de céu encaravam naquele dia era o
sol, ela olhava para cima, aquele astro imponente e quente, que trazia vida
para todo que estava a sua volta, A garota se sentia protegida abaixo do sol,
como se um abraço invisível tocasse sua pele, dando-lhe forças para encarar
todas aquelas mudanças que havia tido nos últimos dias.

Mudanças? Muitas, só que sua vida foi regada delas, ruins... aquela que ela
vivia agora, apenas a mais mirabolante e inesperada, o Acampamento ,Ninfas ,Sátiros,
filhos de deuses? Nunca imaginou aquilo nem nos dias mais loucos de sua vida.

E agora jazia sentada longe de todos, que sorriam e cantavam em volta da chama
do fogo que crepitava alto, por mais quanto tempo ficaria no chalé de Hermes? Se
perguntava a jovem, iria descobrir qual seria seu pai, aquela noite.

Arco e Flecha, ela amava, idolatrava aquilo, sentia-se mais tranquila quando
acertava um alvo em cheio, adorava lutas, tudo oque remetia a uma vida de
aventuras, agora descobrira da onde vinha toda essa paixão.

Ella se levanta, caminhando lentamente em direção a fogueira, alguns viram para
encara-la, ela não iria se retrair, aquele peso deveria ser tirado, então levanta
o rosto, que até então olhava para o chão, e em vez de orar para o seu possível
pai, ela canta, com sua voz melodiosa, que não era utilizada faz anos, devido a
problemas com a mãe, que não permitia que cantasse, tocasse, ou ao menos
escrevesse algo relacionado a artes, ela mesma que era uma grande artista no
passado, agora vivia em um ateliê empoeirado.

“Pai, ouves meu canto, recolhe meu pranto, tragas sua divindade para como sua
filha me reclamar, não deixe-me nenhuma angústia cultivar, e como sua cria,
permita-me te amar, e para todo sempre seu legado perpetuar.”

E sentando-se no chão novamente, ela espera alguma resposta de seu genitor.

Reclamado Filho de
Apolo
Deus do Sol, da Música, da Poesia e das Profecias

Eu estava ali esperando minha vez na foqueira.Chega minha vez e me dirijo a foqueira com medo de fzer alguma besteria(coisa comum comigo) e começo a falar com a foqueira:
Olha,eu posso ser um semi-deus com um pai sendo um deus qualquer,eu só quero que seja Eolo,todo poderoso dos ventos e senhor das estações
eu saiu da li e sinto um vento reconfortante

Aproximo-me da fogueira, chamo a mulher que da magia sabe, que pocoes consegue fazer... Me aceite como o teu filho...

Certo,acho que quando se chega em um lugar a melhor coisa a se fazer e logo se apresentar e cumprimentar cada um que ali esta não é? Bom,pode se dizer que sim,porém,ao chegar naquele acampamento,cruzar as fronteiras magicas que podia se sentir ao redor a única coisa que me chamou fora a fogueira. Uma crepitante união de chamas com varias mesas perto da mesma. Não sei exatamente o que,mas algo me levou até ela. Creio que o mesmo que me guiara até o acampamento: o vento. Por mais estranho que pareça só apareci no acampamento aos meus 16 anos de idade,e mesmo assim sem nenhuma ajuda. Somente o vento me sussurrou o caminho e me desviou do caminho de monstros e armadilhas até lá. Estar ali de frente aquela fogueira era estranho. Era como se algo se revirasse dentro de mim somente me obrigando a fazer uma oração. Mas a quem? Ao vento? Neste momento novamente o vento soprou como se concordasse. Não tive outra idéia se não esta. Me perdi em meus pensamentos enquanto dedicava toda minha sobrevivência ,toda minha vida até ali a um único ser: "Éolo,grande senhor dos ventos,agradeço-te por me guiar até aqui e peço-lhe que possa me reclamar como teu filho. Poucas palavras venho trazer a ti,porém minha devoção,fé e honra somente pertence a sua nobre divindade. Nada mais tenho a te dizer,a não ser,meu pai,reclame meu nome e a ti serei eternamente grato,como sempre fui e sempre serei. Obrigado" levanto- me e percebo uma garota sentada ao lado da lareira cuidando do fogo. Dou um breve 'oi' e um aceno a ela e logo me retiro ao local mais alto do campo atras de ventos para me aconselhar e a espera da resposta de meu pai. Nem eu sabia como,mais sabia que era ele Éolo.

Após perder meus amigos minha mãe e tudo que eu tinha chego perto da fogueira e sinto uma energia estranha quando olho para cima vejo a forma de um arco feito de luz sobre minha cabeça e digo.
-Apolo !! Você é o meu pai ?
-Não acredito isso é demais.

OBS: Pf Apolo me aceita como filho.

Hades, sei que somente você poderia ser meu pai, pois o meu gosto pela morte não me nega; sou um garoto de cabelos pretos, um pouco enrolados e de olhos negros não poderia ter outro pai, sou forte e poderoso e nunca perco uma batalha, por que sempre soube que você me ajuda. Vou lhe trazer muito orgulho , mas preciso que você me reclame como seu filho, pois nao aguento mais os imbecis de Hermes me chateando, ainda vou acabar mandando uns para lhe visitar; me reclame e eu juro sobre o Estige que você nunca se arrependera.
assinado: Kelvin Bruce

Alguém da mesa conta uma piada e todos riem. Acordo de meus pensamentos. Olho para cima, a lua está cheia. É hoje, penso. Tem que ser. Me levanto e vou caminhando até a fogueira. No caminho, penso em como à noite tudo fica mais calmo, como me sinto mais confiante e viva quando a lua brilha cheia. Não faz muito tempo que cheguei no acampamento, apenas um verão, mas já foi suficiente para comprovar como a distância da luz das grandes cidades me faz sentir melhor. Quando chego perto da fogueira, o medo me ameaça, mas estou decidida. "Senhora Selena, deusa da lua e de suas fazes, deusa do ciclo da vida." começo, "Sei que todas as noites você percorre o céu, então deve ver como eu fico acordada apenas apreciando seu movimento. Como meus pensamentos vagam pela noite, procurando uma explicação... Por favor, me reclame. Quero poder sentir toda a vida e o poder do astro que reina à noite. Sei que o chalé de Hermes não é o meu lugar. Lá, todos apreciam o dia, onde é mais fácil brincar, explorar, fazer o que eles mais gostam. Me reclame, mãe, sei que o meu poder vem do seu, minha vida da sua." Enquanto me afasto, penso se escolhi as palavras certas. Mas uma coisa me consola. A deusa da lua, além de muito graciosa, é muito compreensiva. Ela vai entender.

Antes de começar o jantar, decidi que queria ficar um pouco diante da famosa Fogueira, diziam que seu fogo agia de acordo do humor da pessoa por perto, quando me aproximei a chama começou a ficar roxa, mais cedo tinham me avisado que essa cor significava tristeza, pelo jeito, a fogueira estava certo. Antes de chegar, minha mãe tinha morrido em um trágico acidente e desde desse fato minha vida tem sido um inferno um inferno, quase literalmente. Monstros morriam ao chegar perto de mim, as pessoas começam a ficar fraca, consegui chegar aqui com muito esforço e sacrifício, até que demais. Mas meus problemas não acabar quando cheguei aqui no acampamento, me sinto muito solitário, pois meu pai não reclama, minha mãe disse que seu nome era Tânatos, só. Por isso decidi orar em frente em fogueira:

 - Pai, onde quer que você esteja, eu preciso de sua ajuda. Eu preciso entender o que está acontecendo comigo e as pessoas ao meu redor, todo mundo ficando fraco demais ou até mesmo morrendo. Minha mãe sempre me chamou de anjo por causa da sua aparência, mas que raios de anjo é esse que ao invés de dar a vida as pessoas, tira? Por acaso é algum anjo da morte? Eu estou desesperado por respostas. Por favor pai, Tânatos, te peço.

Acabei minha prece e fui para o salão jantar com os outros, mas antes eu dei uma olhada na fogueira, percebi que ela não estava mais roxo, mas sim azul, mostrando a minha tranquilidade depois da prece para meu pai.