Escolta de Charlotte Petrova ~ Willian Skeat

- Ah! Não se preocupe. - o homem responde, levantando-se e seguindo em direção a porta, onde todos os passageiros desciam aborrecidos por conta da demora.
Naquele exato momento os únicos dentro do veículo eram Willian, o pequeno semideus filho de Apolo, e as duas jovens desconhecidas, soltando risinhos um pouco assanhados.

- Muito bonitinho... - elas murmuravam em meio aos risos, mas era quase incompreensível. A antiga voz doce e feminina das duas garotas agora eram levadas para um sotaque estranho, onde um 'ssss' era sibilado constantemente.
Espere! Sibilado?!
- Ei, vocês precisam descer também. Agora! - o motorista diz impaciente.

As estranhas não hesitam e saem, dando uma piscadela para o semideus, ainda grudado ao banco.
Willian precisava descer, quanto mais gente no local, menor a chance de ser atacado brevemente.

O tempo, ainda nublado, anunciava uma chuva prestes a desmoronar.
O campista olha ao redor, o homem, que antes estava ao seu lado dentro do ônibus, não aguardava o conserto do veículo, e as garotas assanhadas não estavam por perto, tampouco.
O único rosto reconhecido por Skeat foi o homem corpulento, que jazia encostado a árvore com fones no ouvido, parecia não se preocupar com o tempo levado para o reparo do transporte.

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O tempo corre, o motorista anuncia o sucesso do pequeno conserto, a pequena multidão de passageiros começa a adentrar no mesmo, quando uma voz fina e estridente transmite surpresa, gritando:

- ELE ESTÁ COM UMA ARMA!

Todos olham para o filho de Apolo, o indicador de uma das garotas apontado para ele. O motorista apressa as pessoas, impedindo que Willian entre novamente, os passageiros gritando e conversando assustados.
Ninguém fora capaz de ver a arma, era verdade, mas rumores de um fato negativo assustavam as pessoas e nesse caso, elas não arriscariam.
O ônibus parte, deixando para trás um semideus em meio ao mato, sem nenhuma companhia exceto duas garotas loiras e sorridentes, revelando aos poucos sua verdadeira forma. Sem mais, Skeat estava vendo duas dracaenaes com sede de sangue de semideus.

- Aaah... Agora tudo faz sentido! - diz o menino ao perceber que as duas lindas garotas na verdade eram duas humanoides.
Ele toma certa distância, enquanto retira o arco das costas, preparando uma flecha que atingiria o peito da dracaenae¹, a mais próxima.
A mulher-serpente para por um instante, com uma falsa surpresa, quando a flecha de bronze celestial "explode" contra a armadura, que portava de seu peito até sua cintura. Se ela não estivesse a usando, aquele ataque seria fatal.
Elas soltam risinhos, debochando da tentativa fracassada do semideus.
A Dracaenae² levanta sua arma de dois gumes e se aproxima, pronta para desce-la sobre a cabeça do filho de Apolo.

"Perto demais". Foi isso o que acontecera, o jovem filho de Apolo esteve próximo ao seu derradeiro suspiro; a sua morte sangrenta.

Eis agora o acontecido:

A aproximação acorreu de forma rápida, o tempo para pensamentos subjetivos era pouco demais.
Na exatidão momentânea em que a Dracaenae² deixa sua arma por decair sobre a cabeça do semideus, uma flecha a atinge em uma de suas "pernas" (-10%), enquanto a espada curta do garoto desliza sobre o cabo da arma de sua oponente, no entanto, isso não impede de que o garoto seja atingido.
Ele cambaleia para trás, um talho marcava seu braço direito, a terrível inimiga o acertara (-15).
O menino deixa escapar um pequeno urro de dor, com sua mão segurando o ferimento. Ele já não estava com seu arco - este caíra quando ele precisou de sua mão para pegar a espada e se proteger - o mesmo estava diante dos "pés" da mostrenga¹.
Elas riem como de costume, e ambas avançam, a atingida pela flecha, por sua vez, mas lenta que sua parente.

Como quem seguisse o plano do filho de Apolo, as mostrengas mudam as posições quando ele recua em posição diagonal. A Dracaenae², ainda lenta por conta da flecha, desiste de avançar, ficando na guarda do arco do semideus deixando o trabalho sujo para sua irmã.

O menino resolve avançar assim que sua oponente apresenta sinal de ataque, mas ele não se defende. O gume, da arma do monstro, passa de raspão pela sua perna (-3)enquanto ele esquiva, e o semideus rola para o lado, enquanto a Dracaenae¹ olha para ele, pronta para descer a arma sobre o corpo do semideus.

A lâmina o acertará em 5 segundos.