Auto-Escolta ~ Ary Salvatore e Gabriela Rancock

por **Héstia** Ter 29 maio 2012 - 20:37

Uma garotinha cuidava das chamas da fogueira do acampamento naquela manhã fria e cinzenta. Os pássaros não cantavam, a parede de escalada estava abandonada e até as náiades resolveram se esconder em seu mundo subaquático. O lenço marrom e sujo, da menina que guardava as chamas, encontrava-se amarrado para trás em um nó folgado prestes a cair, ela ajeitou-o com suas pequenas mãos. Os olhos dela brilhavam como... Chamas acolhedoras.

Héstia suspirou, cutucando a brasa, acentuando ainda mais o fogo ali a sua frente, e, não mais que de repente, o lago, a plantação de morango, o céu cinzento e a manhã fria saíram de sua visão e ela se encontrava em uma enorme sala.

Olhou para cima, viu um teto com constelações móveis. Pôde reconhecer, ao longe, a constelação “A Caçadora”, que outrora fora Zoë Nightshade, uma fiel seguidora de Ártemis. Doze tronos era o total, mas apenas quatro estavam ocupados com figuras do tamanho de gigantes mitológicos, quiça maiores.

A garotinha estava na sala dos tronos, no Olimpo.
Agora, a fogueira que ela cuidava não era a de um acampamento, era a fogueira de um braseiro central.
Uma das figuras, feminina, levantou-se de seu trono, tomando a forma de uma menina de, aparentemente, doze anos de idade. O cabelo castanho avermelhado amarrado em um rabo de cavalo.

- São garotas! Permita-me que eu vá resgatá-las. – disse.
- Blá, blá, blá. – murmurou impaciente um dos gigantes. Esse era rechonchudo de cabelos negros encaracolados – Quantas garotas existem, Ártemis? Deixem-nas morrer... Um verme a mais, um verme a menos, não fará diferença naquele acampamento estúpido!

A menina, Ártemis, fuzilou-o com o olhar.

- Quieto, Dionísio! – um deles, o que vestia terno risca-de-giz azul-escuro, pronunciou severo. – Elas nunca ouviram falar do acampamento, estão em apuros! Você próprio sabe a importância dos semideuses para nós, os deuses do Olimpo.

O deus dos cabelos encaracolados, suspirou, debochando.

- O que iremos fazer afinal? – indagou um outro deus, este portava um longo tridente em suas mãos e fazia um estilo pescador, além do seu cheiro praieiro – Héstia!

A menina, calada até o momento, levantou o rosto juvenil ao ouvir seu nome ser pronunciado pelo ser.

- Poseidon?! – disse, mostrando que estava atenta a conversa.
- Encontre as garotas!

Ary acordou, assustada.

A menina estava ofegante, sua respiração era descompassada, descontrolada. Sua mão apalpou a areia da praia a procura de algo, relaxou ao tocar na parte chata de uma lâmina, e correu os dedos, até encontrar o cabo, onde segurou firme, como se nunca quisesse perder aquele bem tão precioso.

Olhou em volta, uma fogueira improvisada crepitava no centro, entre ela e uma outra garota, cuja silhueta era iluminada pela chama incandescente. Esta dormia profundamente, mas Ary sabia que, qualquer ínfimo ruído acordaria a amiga...
Mirou o fogo novamente, lembrando-se do sonho.

Fechou os olhos suspirando, tentando, em vão, esquecer.

"Encontre as garotas!" Eram essas as palavras que ecoavam em sua mente.

por **Ary Salvatore** Qua 30 maio 2012 - 20:03

Acordo um tanto assutada. Que sonho fora esse que acabei de ter?! Algo sobre Deuses discutindo a nossa procura... Que coisa confusa! Não posso evitar acreditar que possa ter sido real; tudo o que já vivi e enfrentei me ensinou a acreditar em qualquer coisa, e além disso, muitos sonhos que tive acabaram sendo premonições, ou condiziam com a realidade. Pode não passar de um devaneio? Sim, é claro. No entanto não me custa nada alimentar um pouco de esperança.

Procuro minha espada um tanto aflita. Podia não ser muita coisa, mas aquela lâmina já salvara a minha vida muitas vezes. Suspiro aliviada ao tomá-la em minhas mãos. Enquanto observo o fogo, tento esvaziar minha mente refletindo sobre a minha segurança, e a de Gabriela. Estávamos um tanto expostas com aquela fogueira acesa na praia, em meio a escuridão. Deveríamos apagá-la, despistar nossos rastros, e ir em busca de um local mais protegido. A última coisa que precisávamos era atrair mais criaturas.

Me dirijo cuidadosamente até ela, e a acordo murmurando:
- Biiiiiiiitch! Levanta aí, Gabby! - ao fazê-la despertar, apresento-lhe minha ideia. Caso ela concorde, prossigo - Vamos logo, e largue de preguiça.

Feito isso, reúno nossos poucos pertences, acabo com o fogo, e dou um jeito de esconder as brasas restantes. Com o máximo de cuidado, e o mais silenciosamente possível, procuro um quiosque, galpão, ou qualquer lugar que possa nos servir como um abrigo seguro. Na calada da noite, seria muito fácil distinguir ruídos da movimentação de monstros, e caso perceba qualquer sinal deles, aproveito-me de minha espada já empunhada para entrar em posição de defesa, de modo que Gabby já perceberia, e faria o mesmo.

Caso consigamos encontrar um local razoável, verifico a existência de qualquer anomalia. Se não houver nada, montamos acampamento e sugiro turnos de vigilância; do contrário, reajo defensivamente como já expliquei, e caso necessário, fazendo uso de esquivas mais elaboradas. Se a vadia quiser continuar na praia, só aceitarei caso ela apresente argumentos excelentes para nos expormos ao perigo constante.

por **Gabriela Rancock** Qua 30 maio 2012 - 20:29

Abro os olhos colados de sono, sentindo-me leve,mente confusa. Num estante sonhava com coelhos voadores em chamas, e agora me via deitada na areia, com uma bitch me acordando.
— Ele foi pro outro lado — murmuro, ainda lutando contra o sono, e então coço os olhos.

Dou-me conta de quem era, do que era, e de como vivia, então arregalo os olhos, surpresa, e me sento rapidamente.
— Oi! — Falo exasperada para a ary, enquanto me levanto e limpo a areia das roupas, olhando ao redor.

Ouço a Ary falar, enquanto ajudo-a a apagar a fogueira e esconder os sinais de que dormimos alí, chutando areia e e espalhando as brasas para encobrí-las depois. Penso um pouco... Sabia que tínhamos de sair dalí, mas eu sempre gostei da praia...

— Bom — falo, agora me agachando e pegando minha bela lança de bronze no chão, o único meio de defesa que eu tinha contra eles — Vamos... É melhor procurarmos mesmo algum lugar.

Então eu caminho com a Arytch, olhando ao redor e por cima do ombro a cada minuto, à procura de alguém suspeito, ou de um dragão que caid o céu para nos comer. Ando também procurando algum galpão abandonado, ou uma cabaninha até...

por **Héstia** Qui 31 maio 2012 - 19:19

Gabriela desperta com sua amiga, Ary, a acordando, logo apresentando-lhe a ideia de saírem dali o mais rápido possível, a menina, já ativa, concorda.
Elas apagam a pequena chama da fogueira e extinguem qualquer rastro de sua passagem, as cinzas se misturam com a areia e logo já não podem ser vistas, o cheiro da maresia encobre o queimado, as brasas são aniquiladas, nenhuma mínima chance de serem percebidas.
Gabriela agacha e pega sua lança. Ela não tinha conhecimento do que havia acontecido, mas ela, a lança, agora portava um tom bronze (totalmente diferente do ferro, o material anterior), desde uma das suas últimas lutas, e de certa forma esta era mais eficaz contra os monstros que enfrentara.

A noite certamente aumenta as incertezas, trazendo-as à tona, e não era por menos que as garotas seguem alertas à medida que caminham à procura de uma lugar para as suas segurança.
Uma cabana pôde ser avistado, a madeira parecia gasta, mas ali havia um teto, e era o que as duas precisavam.
As garotas observam as redondezas, nenhuma anomalia, nenhum odor suspeito, somente o mar e seu leve barulho; somente o céu e seu azul escurecido.
O ranger da porta não é confortante, a escuridão, tampouco. Elas adentram, o cheiro abafado da pequena cabana antiga toma-lhes o olfato. Ary verifica a segurança do local, e certifica que está tudo limpo. Somente elas e mais nada.
Ary já iria se pronunciar, propôr os "turnos de vigilância", quando um calor cálido preenche o local, antes frio.
Gabriela é a primeira ver, e logo Ary se vira, compartilhando a mesma visão que sua amiga.
"O sonho", é a primeira coisa que Ary raciocina e ela sabia que a aquela pequenina menina do lenço marrom empoeirado não as faria mal.

- Sou Héstia e estava à procura de vocês.

por **Ary Salvatore** Qui 31 maio 2012 - 19:57

~~A narradora já podia ter adiantado o que Héstia queria, né?~~

Isso era impossível! Não podia se tratar da mesma pessoa de meu sonho, mas qual prova seria maior do que vê-la em carne e osso? O fato, é que toda a desconfiança que ainda possuía, se desfez quando me deparei com seus olhos acolhedores. Notei, de imediato, que se fosse realmente uma Deusa, merecia respeito.
- Lady... Lady Héstia? - digo um pouco insegura, fazendo uma pequena reverência - O que deseja conosco?

por **Gabriela Rancock** Sex 8 Jun 2012 - 18:05

Olho, com os olhos arregalados, para a mulher que acabara de surgir para mim e para a Ary... Sinto seu calor, sua presença aconchegante, e ao mesmo tempo eu poder incomum, e, seguindo o exemplo de minha amiga, faço uma reverência, meio desajeitada para a deusa.
Depois eu ergo um pouco a cabeça, olhando para a divindade, esperando a Ary falar... Ela sempre fora melhor oradora que eu, então mantenho-me quietinha Mas ouvindo cada palavra.

por **Héstia** Sáb 9 Jun 2012 - 15:01

Héstia sorri e, atenciosa, responde a pergunta da menina.

- Vim à mando dos deuses e vocês precisam de ajuda para encontrar um local seguro.

Desse fato, Ary já sabia, devido ao seu pequeno vislumbre do sonho um tanto revelador.
A menina do lenço marrom empoeirado se prontifica a contar-lhes uma estória, e sorri ao ver que a garota que havia permanecido calada portava uma lança de bronze celestial.
Por um momento, as duas semideusas estavam seguras, livre de quaisquer tipo de monstro.

- Ah! Vejo que um de nós já tenha feito uma pequena interferência. Essa lança é feita de bronze celestial, material eficaz contra todo tipo e variedade de monstro, inútil, no entanto, contra mortais. Mas, vocês, semideusas, são duas vezes ameaçadas, uma vez que podem ser feridas tanto pelo material mortal, quanto pelo divino.

"Como dito anteriormente, estou aqui para oferecer um suporte, mas não podemos interferir diretamente na causa, isto é: Vocês terão de ir para o acampamento sozinhas, e rápido, São Francisco não é um local excelente para os meio-sangues, mas Quíron, o diretor de atividades do acampamento, irão instruir vocês quando chegarem lá, disso tenho certeza."

"Os perigos são muitos, e uma espada de ferro mortal não daria tanta conta quanto o bronze celestial, isso vocês já devem ter percebido."

Héstia se senta no chão de madeira gasta, emanando uma ampla energia. Na escuridão do local, somente uma pequena fresta da luz noturna vinda do luar reluzia sobre uma lâmina, que sabe-se lá os deuses de onde ela havia tirado.

- Esta é uma espada temporária, somente para ajudar vocês, feita do material divino. - ela estende a arma para Ary - Não, se quiser você pode rejeitá-la, ou até mesmo permanecer com as duas - ela se dirige a Ary, e seu dedo aponta a espada que ela porta - Mas não é só esta minha ajuda.

A garotinha retira uma mochila média de seus ombros, e ajoelha sobre ela, abrindo-a, para logo após revelar o seu conteúdo.

- Aqui contém néctar e ambrosia, a comida e bebida dos deuses! Só as usem nos últimos dos casos e não em quantidade exagerada, néctar e ambrosia podem tudo curar, como também tudo matar. Qualquer dose extra e vocês queimarão... literalmente.

Ela retira suas pequenas mãos de dentro da mochila, revelando dois pequenos cantis, e logo depois, um pequeno saco, cujo teor ainda não poderia ser identificado. Elas os põe lá dentro novamente, para apenas pegar um pergaminho envelhecido e falar sobre ele.

- Este é um mapa especial, com toda a região dos EUA. Os pontos em azul são mortais, lugares como a estátua da liberdade, os pontos em dourado são divinos, lugares como o Olimpo ou o acampamento meio-sangue.

A menina se levanta deixando a mochila no chão, e sorri, cálida, para as garotas.

- Isso é tudo. Nos veremos em breve, eu creio. Vocês são fortes e determinadas, chegarão ao acampamento em segurança. Desculpem-me mas é só isso que nós, Olimpianos, podemos oferecer. Que os deuses as acompanhem! - disse Héstia, dando passos para sumir do local ermo e vazio.

O calor não preenchia mais o recinto. A não ser por elas e uma mochila dourada, o local estava completamente vazio...
Espere! Não, não completamente.
Mais a frente, uma pequena mesa de madeira se estendia, com equipamentos guerreiros, um para cada!

por **Ary Salvatore** Sáb 9 Jun 2012 - 15:37

Os Deuses, de repente, estavam preocupados conosco? Que história é essa? Passamos anos vagando por essa região, e eles jamais interviram por nós. 'Qual seria o motivo dessa mudança tão repentina?', reflito, mas não me manifesto. Não se encontrava em minhas intenções ofender uma Deusa, principalmente pelo fato de ela ter demonstrado oferecer tais auxílios.

Escuto com atenção; prendo-me a cada detalhe. Ela me oferece a espada de bronze, e explica suas propriedades 'mágicas'. Aceito-a, com uma reverência, e agradeço em um sussurro audível. Escolho, porém, permanecer com ambas as armas. Observo-a apanhar a mochila, e revelar os objetos em seu interior. Presentes como esses, não seriam dados diariamente *. O mapa, principalmente, me fascinou de uma forma inexplicável.

Ela se despede, e não deixo de agradecer novamente. Avanço de imediato, um tanto preocupada. Observei no mapa, que nosso destino seria a Costa Leste dos Estados Unidos. Como chegaríamos lá sem dinheiro? Será que a Deusa se esquecera de um ponto tão importante? Exponho minha preocupação com a Gabby, enquanto vasculho nosso presente, de forma calma. Achando algo, ou não, me dirijo até a mesa, e apanho o que me pertencer. Agradeço aos Deuses, novamente, e sorrio para minha querida amiga.

Finalmente teríamos um rumo a tomar. Um lar a descobrir.

* Já que o mapa é um presente tão útil, gostaria que fosse adicionado ao inventário. Considerando, também, que os Deuses não retiram seus presentes após missões. Além de tudo, já que nos foram dados Néctar e Ambrósia, seria mais prático se também a Deusa acrescentasse a nossa ficha. Assim, se nos machucássemos, teríamos o maior controle dos recursos que dispusemos.

por **Gabriela Rancock** Sáb 9 Jun 2012 - 16:14

continuo olhando para a porta, por onde a deusa sumira. Hã?
Tão simples assim? Uma deusa, uma criatura suprema, aparecer asim do nada para nos ajudar, depois de tanto anos sendo ignoradas pelos nossoa amados pais?

De qualquer forma, me levanto ~~coçando a bunda~~, e apanho minha lança. Fito-a, com uma curiozidade nova... E então viro-me para a Ary.

— Ah... Não sei o que faremos sem dinheiro...

Caminho até a mesa, olhando os equipamentos alí deixados pela deusa... Como chegaríamos até o leste de NY? Não tínhamos dinheiro para Táxi, e — agradeci intimanente por isso — muito menos para um avião.

— Vamos roubar, matar, trabalhar... ?

por **Héstia** Seg 11 Jun 2012 - 19:53

Ary pega a mochila, vasculhando-a.
Os cantis estavam lá, ela pôde apalpá-los, assim como o pacote e três moedas um tanto estranhas. Ela as pegas, eram atingas, percebeu. Continua sua busca dentro da sacola, um maço com dinheiro fora encontrado, ao todo quinhentos dólares.
Observa o mapa calmamente para logo após se dirigir a mesa e pegar os equipamentos, enquanto a pequena Gabriela faz o mesmo.
A menina nos olhos verdes pergunta o que fariam sem dinheiro.
Ary estende a mão aberta, revelando as notas e as três moedas, desconhecidas.
O vento enregelado entra no chalé. A porta fora aberta, mas não havia o mínimo sinal do que havia acontecido...

por **Gabriela Rancock** Ter 12 Jun 2012 - 17:07

Curio a mochila com a Ary, e digo um "uau!" quando esta me mostra o dinheiro. Então, nós tínhamos alguns recursos... Me sinto aliviada, e ao mesmo tempo preocupada, com o caso da Ary decidir pegar um avião. Nunca gostei de aviões, mesmo sem jamais ter entrado em um.

Então, sinto o vento frio da noite invadir o casebre, e a porta se abrir misteriosamente. Instintivamente eu seguro a lança com as duas mãos, apontando-a para a porta, mas logo vejo que não havia nada para se defender... aparentemente. Relaxo um pouco, mas ainda lanço alguns olhares de esgueira para a entrada. Poderia er apenas o vento... De qualquer forma, caminho até lá cuidadosamente, e fecho a porta ~~(like-a-filme de terror, esperando um espírito maligno saltar da fechadura e me engolir)~~. Vou a passos rápidos, com a lança na mão, pronta para recuar e espetar se for preciso...

Depois volto pra perto da Ary
— O que são estas moedas? Quanto será que custa um taxi até Manhattan? — Pergunto, e então levo uma das moedas à boca, dando-lhe algumas dentadas, como sempre tive mania de fazer com objetos novos (?).

Espero a bela da Ary falar, ainda meio inquieta, não só com a porta arreganhada (?), mas também com a aparição divina daquela noite. Então, pelo visto, meu pai sabia de mim, não e...?

por **Ary Salvatore** Qua 27 Jun 2012 - 19:04

Sinto-me aliviada ao dar de cara com o dinheiro. Mas será que apenas 500 dólares seriam suficientes para atravessarmos os Estados Unidos? Decido não reclamar, já que a minutos atrás, não possuíamos praticamente nada. A porta abre, e um vento gélido adentra o local. Reteso-me, e fico em posição de ataque/defesa. Visto que não é nada, escuto Gabriela:

— O que são estas moedas? Quanto será que custa um taxi até Manhattan? — Ela pergunta, e tenta levar uma das moedas, a boca. Bato em sua mão, e apanho a moeda, guardando-a em segurança.

— Tá dooida? Quer danificar isso? — olho um tanto desconfiada para a mochila — Não sei o que são. Só acho que se a Deusa achou que iríamos precisar delas, não deveríamos sair por aí mordendo — escuto a próxima pergunta, e encaro-a, incrédula — Como assim? Você sabe o quão longe isso fica daqui? Eu entendo o seu medo, mas não temos dinheiro, nem tempo suficiente para ir de outro meio que não seja o avião! Desculpe, mas encare os fatos. — levanto-me, agradeço mentalmente a Deusa, e faço sinal para partirmos o quanto antes.

Sigo pela noite, em direção ao aeroporto mais próximo. Sei que as criaturas se agitam por esse horário, e por isso, tomo atenção redobrada. Ao sinal de qualquer anomalia, aviso a minha querida amiga, enquanto me ponho em posição de defesa, ou me esquivo.

por **Héstia** Sex 29 Jun 2012 - 18:34

As garotas optam por uma viagem aérea.
Gabriela estava insegura, um avião seria o último meio de transporte que ela pretendia usar em toda a sua vida. Mas era necessário, o tempo era uma coisa que não estava a favor delas.

Do lado de fora, o frio intensificava-se ainda mais que o de costume; a brisa continha o cheiro único do mar, e as ondas deste último, quebravam abaixo do píer, cinco metros a frente.
As semideusas saem do pequeno chalé, enfrentando o vento e expondo suas coragens.
Um pio ensurdecedor corta o céu, mas seu emissor não pôde ser visto. Ary, astuta, ponha-se em defesa, advertindo a sua fiel companheira. Um calor, seguido de um clarão, toma o recinto. Uma curta fileira de fogo é avistada, mas o que a causou estava fora do panorama.

Outro pio é emitido. Mais forte; mais perto; mais intenso.
Uma grande sombra se move as suas frentes, a pequena fileira de fogo iluminava pernas de galo, e asas de morcego, médias. A sombra se aproxima mais um pouco, e sua forma já podia ser distinguida. Um enorme corpo de lagarto, era o que a figura possuía.
Uma Cocatrice estava as suas frentes, e parecia faminta.
Segundo os relatos, o monstro com cabeça de galo transformava em pedra quem ousasse encarar-lhe, e sua respiração é sinônimo de um vapor quente, que queima o caminho por onde passa.
A investida do monstro acontecerá em pouquíssimo tempo; atrás das garotas, o chalé é esquecido; atrás da Cocatrice, o píer se estende.

Cocatrice:

Cocatrice
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